sexta-feira, 25 de abril de 2008

25 DE ABRIL? O QUE É ISSO?


Hoje é 25 de Abril.
Para quem tem mais de 40 aos este é o dia da revolução.
Para os jovens de trinta anos esta é uma data longíqua, mas familiar que lhes permitiu viver em liberdade.
Para os sub-30 este só é o dia da liberdade porque é feriado e têm o dia livre.
Se fossem eles os culpados de tal ignorância confesso que me apetecia corrê-los a todos ao calduço. Mas não são. Culpados são os que deixaram esquecer que dia é hoje. Ou seja, os responsáveis pela educação, que é como quem diz, os políticos. São eles que merecem inteiramente um belo e repimpado calduço nas orelhas.
Não podemos deixar esquecer o 25 de Abril.
Há quem venha com a conversa de que a nossa democracia atingiu um grau de maturidade que já não vale a pena falar da data a toda a hora. Para esses eu lembro que Salazar venceu há pouco tempo o concurso para o maior português de sempre e há quem queira fazer um museu.
Além disso, fazem-se musicais e peças sobre Salazar. Ou seja, o homem, que foi ditador, parece que está na berra. É quase uma popstar. E só não participa no «Dança Comigo» da RTP porque já empacotou há muito, senão lá estava ele a dar piruetas em frente ao João Baião.
Ou seja, mais uma vez quem acha que não se deve falar do que significa o 25 de Abril também merece um belo par de calduços.
Além disso, os últimos governos, bem como o actual, fazem tudo para conseguirem controlar os média. Para eles a liberdade de impressa é algo nefasto, como antes do 25 de Abril. Não os denunciar, deixá-los controlar tudo é esquecer o que a revolução trouxe.
Por isso, quem deixa que tudo isso aconteça em silêncio, também merece um belo calduço.
Um daqueles bem puxados atrás.
Por último reaparaceu, vinda dos quintos dos infernos, essa seita que são os skinheads, comandados por um homenzinho de olhar esbugalhado que achou por bem meter um cartaz com a sua fronha e uma mensagem xonófoba no Marquês, como se as obras do túnel não chegassem para poluir visualmente a zona. Não relembrar o 25 de Abril é permitir que essa gente apareça com a sua mensagem violenta e racista.
Para esses um camião TIR de calduços não chega.
Quanto a mim:
Hei-de sempre falar da liberdade. Podem ter a certeza que não me calo com isto.
Nem ao calduço.

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