domingo, 25 de maio de 2008

RESUMINDO...


Para quê perder tempo a ler milhares de páginas ?!!
Leia apenas os resumos das grandes obras.

-Leao Tolstoi -"GUERRA E PAZ" ( 1800 paginas ) Um rapaz não quer ir à guerra e por isso Napoleão invade Moscovo. a rapariga casa-se com outro. FIM

-Luis de Camões - "LUSIADAS" ( várias edições ) Um poeta com insónias decide chatear o Rei e contar-lhe uma História de marinheiros que, depois de alguns problemas (logo resolvidos por uma deusa porreiraça), tem o justo prémio numa ilha cheia de gajas boas. FIM

-Gustave Flaubert -"MADAME BOVARY" ( 378 paginas ) Uma dona de casa engana o marido com o padeiro o leiteiro o carteiro o homem do talho o merceeiro e um vizinho cheio de massa. Envenena-se e morre. FIM

-William Shakespeare -"HAMLET" Um príncipe com insónias passeia pelas muralhas do castelo, quando o fantasma do pai lhe diz que foi morto pelo tio que dorme com mãe, cujo homem de confiança é o pai da namorada que entretanto se suicida ao saber que o principe matou o seu pai para se vingar do tio que tinha matado o pai do seu namorado e dormia com a mãe. O príncipe mata o tio que dorme com a mãe,depois de falar com uma caveira e morre, assassinado pelo irmão da namorada, a mesma que era doida e que se tinha suicidado. FIM

-NOVO TESTAMENTO ( 4 versões ) Uma mulher com insónias dá à luz um filho cujo pai é uma pomba, o filho cresce e abandona a carpintaria para formar uma seita de pescadores. Por causa de um bufo,é preso e morre. FIM

segunda-feira, 5 de maio de 2008

PUBLICIDADE II


Aqui há uns tempos andava uma exposição pelo país para nos ajudar a escolher os monumentos que passariam a figurar na lista das «maravilhas de Portugal». Não sei quem é que foi a mente desocupada que se lembrou de inventar esta necessidade de descobrir o que nós pensamos que são as maravilhas de Portugal.
Deve ser primo do tipo que inventou a necessidade de sabermos quem foram os maiores portugueses.
Acho que é curiosidade a mais da parte de não sei quem para saber o que pensamos. E logo num país onde o referendo sobre o tratado europeu não é para ser feito porque o governo não quer saber o que pensamos sobre uma coisa que pode mudar o nosso futuro. Mas pronto... há assuntos e assuntos.
A tal exposição sobre as maravilhas de Portugal, para além de já ter sido mesmo uma novidade, ainda foi anunciada como um «road show».
Road Show???
O que é isto?
Eu não vi o que era, mas será que era uma exposição itinerante?
Ou seja, uma exposição que andava pelo país todo. Se é isso porque é que não se chamava exposição itinerante. Porquê «road show»?
E o que é um road show?
Não percebo.
Tom-tom. Find your way the easy way.
Ford. Feel the difference.
Panasonic. Ideas for life.
Isto é publicidade. Isto são as frases finais de alguns anúncios e algumas marcas. As marcas querem definir-se numa pequena frase final.
Mas em Portugal porque será que as marcas se querem definir em inglês?
Será que os representantes dessas marcas, que são ingleses ou americanos, querem perceber eles próprios o que os anúncios deles dizem e portanto fazem esta parte final só para eles?
Eu não percebo nada do que esta porcaria diz, mas a parte final está good. Será isto?
Será que a agência portuguesa, sim portuguesa porque praticamente todos os anúncios que passam nos nossos meios de comunicação social, ou os media em inglês, são produzidos por agências lusas, quer mostrar à marca estrangeira que está a fazer um bom trabalho?
E porque é que não faz?
Vão-me dizer que a marca, como é inglesa ou americana, quer uma frase na sua língua?
Embora eu duvide que seja isto que se passa, então porque é que uma marca japonesa como a Honda diz «the power of dreams» e não «akanoka irossai»?
E outra diz «today, tomorrow, Toyota», não é «tolita, tolota, Toyota»?
E vão-me dizer que os alemães de um banco que ainda por cima se chama Deutsche Bank (ou seja, Banco Alemão) dizem uns para os outros na Alemanha «a passion to perform» em inglês?
Vão-me dizer que são regras a que os anunciantes obrigam? E eu pergunto: e porque é que nós não obrigamos os anunciantes a anunciarem em português, já que estão em Portugal e querem que nós compremos as coisas que eles fazem?
Não será que estaremos a ser subservientes de mais?
Não será que as agências estão a perder o orgulho de serem portuguesas e estão mesmo com vergonha de serem portuguesas?
E nós todos temos de aguentar com isso na publicidade com que nos bombardeiam?
É que ao menos os espanhóis da Seat têm o orgulho de nos sussurrar «auto emoción». Era bom que começássemos a aprender alguma coisa com eles. Am I right???