terça-feira, 28 de julho de 2009

SEXO


O sexo.

Normalmente as pessoas que falam mais de sexo são as que não fazem sexo.

Eu só estou a falar de sexo… não sei porquê.

O sexo é completamente diferente para os homens e para as mulheres. Para os homens sexo é sexo. Para as mulheres sexo é… uma coisa muito complicada… que tem a ver com…

É que nunca se sabe!

Umas vezes dizemos umas coisas e elas dão-nos o privilégio de nos deixarem fazer sexo. Tipo «tu és a coisa mais importante que aconteceu na minha vida…» No dia a seguir dizemos «tu és a coisa mais importante que aconteceu na minha vida»… e já não funciona. Vá-se lá perceber!

Dá ideia que as mulheres poderiam passar perfeitamente sem sexo, como se isso fosse possível! O que leva os homens a desenvolver teorias perfeitamente…

«O cu não tem sexo!» Bom, se não nos dão sexo, querem que a gente tenha ideias brilhantes?!
Há mulheres… praticamente todas… que acham que a cabeça dos homens, aquela com que nós pensamos é… bom, não é esta (onde está alojado o cérebro).

Isto é ofensivo.

A nossa parte mais interessante está aqui (cérebro). Está provado… deve estar. Só que… bom, sabem aquela sensação de se estar cheio de chichi até aos olhos? Tudo o que vemos já está amarelo, não se consegue pensar em mais nada?... Não fazer sexo dá a mesma sensação. Só que através da testosterona não se consegue ver – não é transparente! Portanto é natural que um homem que não tem sexo há uns tempos não consiga ver mais nada!... Eu estou a falar nisto teoricamente, porque felizmente não me posso queixar de falta de sexo… Bom…

«O sexo não é tudo. Vocês, homens, nunca perceberam isso»… dizem as mulheres libertadas – porque as outras não dizem nada se não vão parar ao hospital. Todos os dias são 7, em Portugal… somos muito machos… Para não haver dúvidas sobre quem é mais inteligente… «Sexo não é tudo?» Está bem… mas é muito importante! As senhoras é que ainda não fizeram umas contas simples…

Bom… Somos 7 mil milhões de seres humanos no planeta. Ora 7 mil milhões de seres humanos quer dizer, descontando os gémeos, uns 6 mil 950 milhões de quecas dadas, efectivamente. Pelo menos. E estou a contar com 25 milhões de quecas que deram gémeos!...

Bom… 6 mil 950 milhões de quecas dadas!...

Podemos ainda acrescentar mais algumas quecas dadas por católicos – interrompidas, por não usarem camisinhas por pensarem no Papa. (Como é que alguém consegue dar uma queca a pensar no Papa?!) Uma por católico e por ano dá, digamos, um bilião, pronto – que nem um católico, mesmo praticante (e cada vez há menos) – se aguenta e consegue interromper sempre, não é?

Portanto, já vamos em 7 mil 950 milhões de quecas dadas… As senhoras continuam a dizer que não é importante? Começam a ficar em minoria…

E sem contar as sarapitolas esgalhadas pelos mirones nas dunas das nossas praias!

Li há uns tempos que, no mundo inteiro e por minuto, há 380 mulheres que engravidam por minuto!...

Podemos ainda acrescentar ao número efectivo de seres humanos existentes (resultado, portanto, de quecas indiscutivelmente dadas – não me venham com filhos de virgens, está bem?, que isso não acontece há 2000 anos!), podemos acrescentar um número indefinido – enorme, espero eu – de quecas dadas sem consequências…

Sem consequências procriativas, quero eu dizer, sem filhos, porque consequências uma queca tem sempre: uma noite de sono descansado, um suspiro, um cigarro, um reatar de uma relação, uma ideia, uma vontade de dar outra, uma vontade de fugir, uma boa recordação, uma má recordação…

Minhas senhoras… Pensem nisto, por favor, para depois poderem dizer no aconchego do lar: «Sete mil 950 milhões de quecas já dadas!... Vamos contribuir com qualquer coisa…»

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